Vendo hoje, acho que talvez eu seja meio preguiçosa nesse sentido hehe já que o senso comum diz que você deve sempre correr atrás dos seus sonhos e lutar por eles, custe o que custar. Porém, acho que pra mim eles sempre foram mais uma inspiração, um combustível, e não uma obrigação ou uma meta a ser alcançada. E, por isso, sinto que meus sonhos me mantêm viva todos os dias, me guiam quando eu penso no porquê faço o que estou fazendo.
Numa terça-feira chata como hoje, por exemplo, onde nada parece fazer sentindo, eu penso em tudo que ainda quero viver. Eu ainda quero comer uma pizza na Itália, ainda quero ver o Coliseu. Quero tirar foto clichê na Torre Eiffel, quero pegar chuva em Londres e visitar as tartarugas do Projeto Tamar em Salvador. Eu ainda quero ir a muitos shows, quero aprender a nadar e um dia ir ao Japão. Quero adotar um gato chamado Pudim e um cachorro chamado Pistache. Quero levar minha mãe pra comer alfajores em Buenos Aires e um dia aprender a tocar violão. Quero ter uma vida calma e feliz.
Pensar nessas coisas é como encher respirar fundo e encher os pulmões de ar.
Pode ser que eu realize tudo isso um dia, ou que na verdade nada aconteça. Afinal, como canta Flávio José: "Se avexe não... Amanhã pode acontecer tudo. Inclusive nada." E, é claro, pensar nisso me deixa ansiosa, com medo, porque os sonhos têm disso também. Então enquanto tudo (ou nada) acontece, sigo me deliciando na nostalgia dos sonhos que já vivi e na amargura do que também deixei passar. Não sei se vivo pra sonhar, mas certamente sonho pra poder viver, hoje e sempre.
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